30. Má Gestão Financeira é sinal de Graves Problemas à frente, inclusive a Falência! “Não semeie Ventos.

Quando nos reunimos com amigos, principalmente, quando estamos em nosso processo de desenvolvimento profissional, naquela passagem de adulto para maduro, por vezes até mais jovens, mormente alguém diz: “Bem que nós poderíamos abrir um negócio a fim de gerarmos uma maior segurança para os nossos futuros.” Certamente se acertarmos na nossa decisão, ou seja, naquilo que escolhermos para fazermos parte do mercado que aí está, certamente asseguraremos o retorno de nossos investimentos e, se trabalharmos pelo caminho certo, com inteligência, dedicação e responsabilidade, dificilmente não lucraremos cada vez mais!

Quando falamos em “lucrar cada vez mais,” devemos ter em mente a elaboração e a realização (execução) de um Planejamento Econômico-Financeiro bem apurado, bem construído, que leve em conta as inúmeras variáveis do mercado e sempre, estruturado em duas versões, o Plano A e o Plano B, para que, em médio, ou até, em longo prazo, se consiga obter o resultado em um deles, em atendimento ao projetado!

O acerto na escolha do parceiro ou parceiros, para a criação do negócio, é de fundamental importância. Gestão de Finanças se faz com respeito às normas legais, com critérios pré e bem definidos, procedimentos e ações administrativas que envolvam os Planejamentos Estratégico e Fiscal, a Análise e o Controle das atividades da organização. Atividades estas, que, na prática, de alguma forma, possuem interferência dos sócios ou gestores.

Atenção! O risco reside bem aqui! Como se costuma dizer; – o perigo mora ao lado! Muitos dos sócios ou gestores, principalmente quando marinheiros de primeira viagem, assumem uma postura de exacerbada ansiedade, produzindo uma “alavancagem” nas ações da empresa, seja em que versão for! É o superotimista! A positividade é extremamente necessária, mas o otimismo em demasia nos tira a visão da realidade, nos faz tirar o pé do chão!

Sabemos claramente que as crises quando mal geridas, afetam as contas das empresas, por vezes de tal forma, que agravam os resultados já ruins. Uma má gestão financeira muitas das vezes conduz uma empresa a um processo de perdas constantes, levando-a, num segundo momento, a uma possível situação de recuperação judicial ou até, de falência. A experiência de um negócio próprio falido sempre é traumática.

No contexto corporativo não podemos nos dar infinitas oportunidades de errar. Precisamos estar sempre atentos às melhores práticas de Gestão Financeira não nos deixando levar pela ausência de conhecimento ou de responsabilidade profissional. Nesta hora, contrate o serviço de um profissional balizado, experiente, certamente se pagará com muita facilidade! Não perder já é um ganho!

Erros primários nos quais não podemos incorrer:

  • A não utilização de um Sistema de Gestão – Procure soluções inteligentes e integradas;
  • Deixar de contratar um bom Contador – Contrate um profissional com larga experiência. Ele contribuirá muito para o êxito da empresa;
  • Misturar despesas pessoais com despesas profissionais – Separar as despesas pessoais das empresariais deve ser observado como regra básica no Manual de Finanças da empresa;
  • Ausência de Registro de Entradas e Saídas no Diário de Tesouraria – É erro crasso, primário mesmo, vai distorcer os valores financeiros nos momentos das avaliações de desempenho dos negócios;
  • Desprezar a utilização de Ferramentas Financeiras – A título de exemplo: Não deixar, jamais de se utilizar do Fluxo de Caixa. Necessitamos conhecer de forma detalhada as principais entradas e saídas de recursos financeiros, bem como o valor disponível em determinado período. Deve refletir o Movimento Financeiro extraído do Cronograma Econômico, o qual é uma das peças do Planejamento Estratégico;
  • Não elaborar e acompanhar indicadores de desempenho – Deve, como os demais itens de acompanhamento, fazer parte daqueles citados no Manual de Finanças como obrigatórios. O monitoramento das finanças é tão importante quanto à realização de um Planejamento Estratégico detalhado.
  • Dispensar a discussão e definição de Metas Financeiras – Uma boa parcela dos novos gestores ignoram completamente os indicadores financeiros e trabalham de forma totalmente desorientada, gerando, muitas das vezes, dívidas desnecessárias. Tais gestores devem passar por programa de treinamento específico a fim de fortalecer esta sua atribuição;
  • Ausência de uma Cultura Organizacional – Sabemos que nas empresas não são apenas os dirigentes que lidam com as finanças. Inúmeros profissionais realizam as mais variadas operações. Por isso, é de suma importância o domínio da Cultura Organizacional da empresa, para realização de procedimentos padrões;
  • Não elaboração de acompanhamento do Planejamento Fiscal – É de fundamental importância à elaboração do Planejamento Fiscal apoiado em profissional com elevada experiência no campo tributário. Esta atribuição deixa a empresa numa situação de excelência com a legalidade junto às autoridades governamentais, mas, recolhendo aos cofres públicos somente, estritamente, àquilo que é devido.

Na verdade, não deixe o seu negócio quebrar! O Gerente do SEBRAE – SP tem uma visão categórica dessa experiência: seu negócio pode morrer, e isso não é o fim do mundo. O que não pode minguar é sua vontade de empreender. “Uma das características mais importantes do empreendedor é a persistência, o que é diferente de burrice: você insiste naquilo que você comprova que tem chances de dar certo,” afirma ele!

Mas, cá prá nós, infelizmente não há uma fórmula fácil para que o empreendedor se motive a abrir um novo negócio após uma quebra. Portanto, já está mais do que na hora de sairmos deste tema. Saiamos agora, neste ponto, não é mesmo? Somente, lembre-se: “Não semeie Ventos!”

Alexandre Rocha – Economista

“O sucesso normalmente vem para quem está ocupado demais para procurar por ele” autor: Henry David Thoreau, filósofo

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