“Contratação de Mão de Obra” – O assunto em si parece simples, assim como simples parece ser à sua execução, mas, a realidade é bem outra! O acerto no ato é garantia à continuidade no processo de sobrevivência ou de crescimento da empresa, é um ponto de enorme importância no processo de sincronismo dos trabalhos executados pela empresa. Qualquer descontinuidade é perda de valores, na certa!
É uma atribuição que leva um grande número de empresas a perderem muito dinheiro. Más contratações são realizadas com frequência. Em muitos dos casos utilizam-se processos de seleção e de contratação, totalmente subjetivos.
A grande importância no acerto, trás à baila, a necessidade da adoção de ações profissionais para que se estanque as más contratações, desistindo-se pôr fim, da máxima de que “Contratar Pessoas é algo Simplesmente Instintivo.” Não é! Se assim for, é solução amadora, isto sim!
Aproveitando, a citação do acerto nas contratações, aproveito para chamar a atenção para um grave e, não pouco comum, erro que se dá nas demissões. Por vezes, a depender do tamanho da empresa, há áreas em que as demissões de pessoal se tornam uma constante, uma verdadeira rotina. Um bom hábito é a realização de entrevistas nos desligamentos. Muitas das vezes o problema está situado exatamente no responsável pela área que os demite, causando um enorme prejuízo à organização! Isto é assunto para o profissional responsável pela Gestão de Pessoas.
Dirigentes interessados no acerto sabem o quão relevante é a “Gestão de Pessoas”. A geração de bons resultados é também fruto da sinergia gerada, da unidade existente entre os profissionais dos mais variados níveis, todos numa mesma sintonia, numa mesma direção, atrás do mesmo objetivo, etc. Hoje, está bem claro ao Bom Gestor, que, sendo à força de uma corrente, medida pela resistência do seu elo mais fraco, não se pode contratar o profissional errado. Não podemos deixar a nossa corrente enfraquecida! É perder tempo e, lembre-se: Tempo é Dinheiro! Frações de segundo a mais nas trocas de pneus nos boxes da F1, por falha, normalmente, de um único membro da equipe, leva grandes escuderias a ter elevados prejuízos em seus investimentos.
Nestes casos as próprias substituições promovidas por erros nas contratações realizadas, têm, afora as perdas já citadas e de difícil mensuração, custos decorrentes da realização de um novo processo, o qual, mormente, possui: – a preparação e publicação de anúncios com a nova seleção, entrevistas dos candidatos, reuniões de seleção e notificação dos aceitos e dos reprovados, ou o preço da subcontratação deste serviço, onde teoricamente estarão todos estes custos, sendo agora, acrescidos do lucro da empresa escolhida para tal prestação. Enfim, é oneroso errarmos neste quesito da Gestão de Pessoas.
Não há dúvida de que devemos nos utilizar, sempre, dos métodos e critérios científicos e objetivos já desenvolvidos e não mais questionados, os quais estão sempre sendo acrescidos de inovações e correções em algumas das suas etapas. Mas…
Se você entende ser o “HOMEM” o ativo mais importante da sua empresa, sabe perfeitamente que esta atribuição deverá se findar no responsável pela área para a qual o novo contratado irá realizar a prestação dos seus serviços. É ele quem tomará a decisão quanto a contratação.
Nesta hora, o “Diretor de RH”, deve, por ser ele, teoricamente, mais abalizado em relação ao tema, utilizar-se de seu pressentimento, a fim de proceder à sua influência não deixando que somente critérios técnicos definam a decisão a ser tomada.
Assim como há importâncias que não aparecem no balanço das empresas, há valores nas pessoas que não ficam expressos em papel, em planilha, nas coisas materiais. É aí onde entra a sensibilidade apurada para que dos três melhores candidatos, se defina por um (deixe sempre os outros dois na sua reserva estratégica). O êxito neste ato poderá estar trazendo para a empresa àquele candidato que, realmente, fará a diferença!
Alexandre Rocha – Economista
“Contento-me em ser uma pessoa não resolvida, porque acho que das minhas imperfeições, ainda sairão coisas interessantes”- autor: Hector Babenco
