15. Reúnam tudo e façam o Orçamento Empresarial

Em artigos anteriormente publicados, tive a oportunidade de contextualizar sobre o Planejamento Estratégico, o Planejamento Fiscal e, ainda sobre a Gestão com Elevada Qualidade, onde tratei o tema do ERP, que para nós nada mais é do que o nosso Sistema de Gestão Integrada, o SGI, todos de grande importância e extremamente úteis e necessários à elaboração e acompanhamento do Orçamento Empresarial.

O Orçamento Empresarial, no linguajar econômico-financeiro, é o instrumento que vem a expressar as receitas, custos e despesas em seu Cronograma Econômico e as suas entradas ou ingressos e, as suas saídas ou desembolsos, em seu Cronograma Financeiro, donde, deste último, extraímos o Fluxo de Caixa para o período do Orçamento.

“Reúnam tudo e façam o Orçamento Empresarial.” A divulgação das diretrizes e, a reunião dos dados e das informações através dos Dirigentes e Colaboradores envolvidos, são ações de total importância para a sua elaboração. A equipe deverá tomar, por base de consulta, o Planejamento Estratégico, deverá conhecê-lo em profundidade.

O Planejamento Fiscal, apurando os valores de custo e o momento de seus desembolsos com os impostos e taxas em geral, será elaborado concomitantemente à elaboração dos Cronogramas Econômico e Financeiro. O trabalho em equipe, como sempre, é fundamental. Não seria diferente aqui, neste momento de suma importância para o futuro próximo e distante da organização!

O Plano de Investimento em Máquinas e Equipamentos, assim como outros itens de imobilização, servirá de instrumento de apoio ao cálculo do custo financeiro (nas operações de financiamento), e fornecerá elementos a serem registrados nos Cronogramas Econômico e Financeiro, tais como: – Custo com Depreciações de Valores Imobilizados de acordo com o estabelecido em Lei específica, o próprio ônus financeiro dos financiamentos, no Cronograma Econômico e, de Desembolso com o pagamento dos financiamentos necessários, no Cronograma Financeiro.  

Usualmente, tomamos como espaço de tempo para a elaboração do Orçamento Empresarial, o período relativo a um exercício fiscal-comercial, ou seja: de 1º de Janeiro a 31 de Dezembro de um ano específico, ou parte dele, a depender do momento e da necessidade presente (um período pré-determinado de tempo!).

Considerando que as duas principais peças do trabalho, o Orçamento Empresarial, gerado através do Cronograma Econômico e do o Fluxo de Caixa, desenvolvido a partir das informações contidas no Cronograma Financeiro, terão as suas informações cadastradas no SGI (ERP) a fim de facilitar o seu acompanhamento, devemos ter em mente que o controle contábil a ser adotado deverá seguir a ótica da Contabilidade por Regime de Competência.

No Cronograma Econômico / Orçamento Empresarial, chamamos; – para o Crédito: RECEITAS e para o Débito: CUSTOS e DESPESAS (mais adiante clarifico melhor a diferença entre CUSTO e DESPESA); e

No Cronograma Financeiro / Fluxo de Caixa, chamamos; – para o Crédito: ENTRADAS ou INGRESSOS e para o Débito: SAÍDAS ou DESEMBOLSOS. Linguagem financeira. No Orçamento Empresarial a linguagem é econômico-contábil.

Para que não percamos o fio da meada, apresento uma breve explicação da diferenciação daquilo que é CUSTO e o do que é DESPESA:

– CUSTO: Todo e qualquer compromisso assumido e que esteja diretamente voltado ao atendimento das necessidades de Produção;

– DESPESA: Todo e qualquer compromisso assumido para a cobertura dos gastos com a Administração em geral, os quais não possuam relação direta com o processo de Produção.

O Orçamento Empresarial formado pelo conjunto Cronograma Econômico e Fluxo de Caixa, para além de servir como orientador aos Colaboradores para o alcance da meta a ser perseguida, é um instrumento de fundamental importância, também para apresentação a Bancos e a Fundos de Investimento, os quais certamente irão querer avaliá-lo quando da realização de Operações de Crédito em Geral e/ou de Financiamento de Maquinas e Equipamentos e, até de Capital de Giro, que a empresa venha a requerer.

Hoje, na verdade, após uns bons anos de experiência, dos quais, tenho a certeza, não ter sido um único ano repetido inúmeras vezes, afirmo aos meus prezados leitores, que um Orçamento Estratégico, bem elaborado e acompanhado com regularidade em periodicidade previamente definida, de preferência pela equipe que o concebeu, está entre àquelas ações que mais contribuem para o crescimento sustentado de uma organização. Assim sendo, haverá sempre informações disponíveis e tempo suficiente para as correções de curso do negócio caso necessárias!

Alexandre Rocha – Economista

“É impossível avaliar a força que possuímos sem medir o tamanho do obstáculo que podemos vencer, nem o valor de uma ação sem sabermos o sacrifício que ela comporta” autor: Henry Ward Beecher

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