Com dificuldade para iniciar o tema escolhido, resolvi refletir sobre uma situação hipotética. Quanto estrago e quantas vidas perdidas, fisicamente, ocorreriam se as empresas que cerram às suas portas por pura Má Gestão, fossem aeronaves das mais variadas dimensões!
Diz alguém, cadê o piloto? Tem brevê! É, há que ter brevê e, muita, muita experiência! Quando fazemos a aquisição de uma passagem aérea o que realmente nos interessa é chegarmos ao destino, são e salvos, este é o RESULTADO. É o que realmente queremos adquirir quando compramos o bilhete aéreo!
Agora! E ao escolhemos a empresa em que desejamos trabalhar?
Estás lembrado que é dela que teremos de tirar o sustento para uma vida digna, é nela que cresceremos profissionalmente quando os espaços forem criados e tivermos sido preparados para tal. É ali que apostaremos as nossas fichas, o nosso futuro! Quando não é assim, o que temos a fazer é darmos o fora, ainda não é ela a empresa que se precisa para que possamos nos dedicar e ajudá-la a sobreviver e crescer, crescer sempre!
A dificuldade na escolha da empresa é algo que a cada dia fica maior. Para além delas se terem escasseados, as que estão por aí, nem todas nos asseguram um “bom voo”. O problema, na sua maioria das vezes está no seu “Comandante”, ou seja, no seu Gestor!
Quanto mais eficiência houver na gestão, mais e melhores resultados colheremos! Precisamos, também, acertar na eficácia, naquilo que é estratégico, decidir pelo que é certo. A aliança eficácia – eficiência é em regra geral sinal de bom resultado à vista. Eu disse isto em meu primeiro texto aqui publicado. É algo que a minha experiência me deixou em mente como sendo sagrado para o acerto de um negócio.
O bem sucedido empresário do ramo do varejo, Abílio Diniz, hoje controlador de parte das operações da unidade brasileira do Carrefour, sabiamente fez a seguinte afirmação: “O mundo é carente de gestão. Quem tem e sabe, domina o jogo”. Está, na realidade, coberto de razão em sua afirmação, pois o inverso tem se mostrado, também, totalmente verdadeiro.
Obviamente, que o nosso já conhecido e constante voo de galinha nacional, patrocinado pela nossa classe política, adicionado do não menos famoso, Custo Brasil, são entraves ao desenvolvimento de qualquer organização. O Gestor para levar este barco, carregado de furos, a bom porto há de ser alguém de elevado preparo profissional e pessoal, se não…
Voltando a recorrer ao meu primeiro texto, lembro-lhes que hoje é perfeitamente sabido pelo empresariado que um Gestor não deve ter apenas um currículo recheado de boas empresas, domínio de idiomas, e de outras habilidades pessoais, como: – boa comunicação, boa presença e etc. Mais do que todos esses valores, hoje é indispensável às empresas que os mesmos tenham uma visão ampla dos problemas e soluções, de acordo com as suas realidades. Este profissional precisa ser flexível, saber manter as equipes constantemente motivadas, saber coordenar as suas atividades, cumprir prazos, eliminar barreiras culturais e organizacionais, de forma a transformar problemas em oportunidades, sempre focado na solução e nos resultados a serem obtidos.
Há um elevado número de empresas que ainda estão engatinhando, muitas não precisavam de muito esforço para às suas gerações de resultados. Agora, ao que tudo indica os tempos estão mudando, e quem não tiver competência, não se estabelecerá.
Vejamos alguns pontos fracos do Gestor que, somados são capazes de, certamente, levar uma empresa ao fracasso, à falência:
· Despreparo Técnico e Inabilidade nas Relações Interpessoais;
· Ausência de Poder de Decisão. Necessita levar tudo aos acionistas ou ao(s) proprietário(s) da empresa. Falta de delegação para tomada de decisão em assuntos correntes:
· Estado de Humor Inconstante no profissional responsável. Incerteza de seus comandados quanto à apresentação de problemas ao mesmo. As soluções ficam pendentes, muitas ficam mesmo é nas gavetas;
· Não contratação de profissionais de diferentes Graduações Práticas e de Conhecimentos Diversificados. Elas somam quando buscamos soluções criativas;
· Postura Impositiva no comando das ações. Não há diálogo possível mesmo quando da existência de soluções mais viáveis;
· Ausência de Identificação de Subordinado Substituto quando da sua falta. É preciso que alguém sempre responda pela empresa;
Resultados possíveis de ocorrência como fruto da junção de alguns dos fatores citados acima:
· Falta de visão – Despreparo para participação em licitações e/ou concorrências com, no mínimo, igualdade de condições para início das negociações de novos negócios;
· Má Gestão dos Recursos Humanos em várias das suas vertentes;
· Não compreensão dos sinais apresentados pela execução do Orçamento, refletidos no Fluxo de Caixa;
· Não Geração de Sinergia no âmbito interno da empresa;
· Alta Rotatividade de Pessoal;
· Falta de Credibilidade junto aos Clientes.
Há um 100 (cem) números de malefícios advindos de um Gestor despreparado, aquele que não conhece o que faz!
A boa governança, “é para os Bons Gestores,” sejam eles privados ou públicos. Sorte das nações que os têm em elevado número. Nós, quando bem informados, sabemos quem são elas! Seu povo, mormente, leva uma vida com muita qualidade!
Alexandre Rocha – Economista
“No que diz respeito ao desempenho, ao compromisso, ao esforço, à dedicação, não existe meio termo! Ou você faz uma coisa bem feita ou não faz!” Ayrton Senna